terça-feira, 19 de junho de 2012

"Queremos" o Ouro nas Olimpíadas da Obesidade


Apesar de sermos um dos piores países europeus no que respeita à prática regular de exercício físico, de quatro em quatro anos aspiramos a (pelo menos) uma medalha de ouro nas Olimpíadas. Este ano com a impossibilidade de Naide Gomes (por motivo de lesão) arrecadar uma em Londres, o Governo parece apostado em conseguir o ouro noutras Olimpíadas.
Nas matrizes curriculares apresentadas pelo MEC prevê-se uma redução da carga horária da disciplina de Educação Física (EF) e do Desporto Escolar (DE). Também se assume como definitivo (via imprensa) que a nota de EF deixe de contar para a média de acesso ao Ensino Superior.
Num qualquer País civilizado, quando são tomadas medidas deste teor, elas são devidamente ponderadas (causas e efeitos) e fundamentadas. Por cá ficamos a saber que no que se refere à possível redução dos tempos letivos semanais, os argumentos científicos, pedagógicos, técnicos e culturais utilizados são: porque sim. No que diz respeito à nota contar ou não para a média de acesso ao ensino superior, é o presidente da CONFAP que substitui o governo e diz que tal se deve a “haver alunos de excelência que apesar do seu empenho, não conseguem obter boas classificações a EF”.
Assim sendo, venho por este meio informar os nossos governantes que:
- A EF e o DE promovem a formação integral do aluno através de ações corporais competentes com aprendizagens significativas numa perspetiva de educação para a saúde e de promoção da autonomia para o seu desenvolvimento.
- Assume importância relevante na integração e reabilitação de alunos portadores de deficiência e com Necessidades Educativas Especiais (NEE).
- Há estudos que comprovam que a prática regular de exercício físico promove o aumento do sucesso escolar e a diminuição de excesso de peso e obesidade.
 - O Ministro da Saúde está preocupado com isso ao assumir que os jovens devem praticar desporto, e manter essa prática continuada no final da escolaridade.
- Grande parte dos nossos alunos só tem hipótese de praticar desporto na escola, onde adquirem os primeiros cuidados individuais de higiene pessoal após prática desportiva, as primeiras “letras” de alfabetização motora e desportiva e onde acontece a descoberta da apetência para determinadas áreas que depois de devidamente identificadas, e incentivados pelos professores, os levam à prática federada em clubes, podendo até, se tiverem potencial, num continuado trabalho meritório e de exigência, serem atletas de alto rendimento em representação do País.
No que se refere à nota não contar para a média de acesso, terão os nossos governantes acompanhados do Sr. Albino, feito bem o trabalho de casa e verificado se a nota prejudica ou beneficia a maioria dos alunos? Em que estudos se basearam? Fizeram as médias a nível nacional com e sem EF? Contabilizaram o número de beneficiados e os prejudicados? Ou será que alguém importante a nível das cúpulas tem filhos em dificuldades porque tudo o que implique suor e algum esforço físico, é coisa menor, e como tal, não vale a pena investir? Já pensaram nas consequências e no (des)investimento por parte da esmagadora maioria dos alunos a que uma medida desta natureza pode levar. Os colegas com quem tenho trocado impressões a este respeito confirmam aquilo que todos sabemos: A nota de EF beneficia a média da esmagadora maioria de alunos no acesso ao ensino superior.
Este conjunto de decisões, são pois, medidas meramente economicistas e contributos de excelência para conquistarmos finalmente o ouro (enquanto as jazidas alentejanas não produzem o suficiente) no campeonato da obesidade, onde apesar de já estarmos no pódio, ainda não atingimos o lugar mais alto.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Redução das horas de educação física, um desabafo…

O texto que aqui apresentamos foi-nos enviado por uma colega que, como nós, está preocupada com as implicações das medidas recentemente apresentadas pelo ministério.

"Tendo em conta a triste realidade em que vivemos e o estado de saúde que os nossos
jovens apresentam penso ser inadmissível esta tentativa de redução de horas dedicadas ao
exercício físico orientado por profissionais. Quando a Organização Mundial de Saúde preconiza
mais tempo para a educação física nas escolas por cá fazemos exactamente o contrário.
O que está em causa não são só os postos de trabalho mas algo mais profundo, é o
direito dos jovens a terem acesso a condições que lhes proporcionem um desenvolvimento
completo, tanto ao nível do bem estar físico como do bem estar mental. É o facultar às nossas
crianças e jovens o direito à saúde.
Tanto se fala da obesidade infantil e na adolescência, que somos dos países com maior
índice de prevalência, mas não vejo vontade política de alterar o estado de coisas, antes pelo
contrário, tapa-se o sol com a peneira, depois mais tarde logo se verá o que fazer. Mas mais
tarde é efectivamente tarde demais, o mal está feito, os malefícios de uma adolescência com
excesso de peso já não voltam atrás, nem fisicamente nem psicologicamente.
Não percebo este país em que vivemos, em vez de se apostar na prevenção, na criação
de hábitos saudáveis tanto ao nível da prática regular de actividade física como ao nível
alimentar, não, desvalorizamos e rebaixamos aquilo que ainda poderíamos usar como “arma”
as aulas de educação física e o desporto escolar que estão abertas a todos os alunos e em que
todos têm igualdade de oportunidade para poderem realizar exercício físico orientado.
Estamos a andar de cavalo para burro… É uma vergonha…"

Paula Brites Cunha

segunda-feira, 4 de junho de 2012

XX Torneio de voleibol para professores da APEF Braga

FASES FINAIS

 

Concluiu-se na quinta-feira, dia 24 de maio, o XX torneio de voleibol para professores.

Após os resultados registados a classificação ficou assim ordenada:

1º classificado: Associação de Profissionais de Educação Física de Braga

2º classificado:Escola Secundária Alberto Sampaio

3º classificado:Escola Secundária Carlos Amarante

4º classificado: Universidade do Minho

5º classificado: B23 de Real

6º classificado: Grupo de Convidados

7º classificado:B23 de Palmeira

8º classificado:Escola Secundária de Amares

9º classificado:B23 Gonçalo Sampaio

10º classificado:Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso

11º classificado:Conservatório de Música Calouste Gulbenkian

12º classificado:B23/S de Vieira do Minho


Agradecemos, e mais uma vez, a preciosa colaboração da Escola Secundária Alberto Sampaio e do Café Imperial.

 

Às equipas participantes agradecemos a forma como colaboraram com entusiasmo, com um salutar espírito de convívio e de fair-play. 

 

A todos Bem Hajam!!