sábado, 17 de junho de 2006

1ª JORNADAS DESPORTIVAS DA ZONA DO PINHAL


7º CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO FÍSICA

7º Congresso Nacional de Educação Física – 2006

7º Congresso Nacional de Educação Física – 2006
MAIA – 23, 24 e 25 de Novembro

Educação – Saúde – Desporto
Inovação e Desenvolvimento


Caros Colegas,


Vai realizar-se nos dias 23, 24 e 25 do próximo mês de Novembro, no Fórum da Maia, no Porto, o VII Congresso Nacional de Educação Física.

Este evento que, desde 1987, se realiza de três em três anos é organizado em conjunto pelo CNAPEF (Conselho Nacional das Associações de Professores e Profissionais de Educação Física) e pela SPEF (Sociedade Portuguesa de Educação Física) e tem-se constituído numa referência fundamental do debate e projecção das ideias e práticas sobre as Actividades Físicas nos diferentes contextos em que elas se expressam e desenvolvem.

São três as áreas tradicionalmente intervencionadas pelos profissionais de Educação Física e Desporto: a Educação, o Treino Desportivo e o Exercício e Saúde. Porque em todas elas persistem ou emergem problemas relacionados com a formação e certificação profissional, a SPEF e o CNAPEF, elegeram a problemática da qualificação e carreiras profissionais como principal objecto de análise do próximo Congresso Nacional. No âmbito da Educação, prevêem-se medidas que poderão comprometer a qualidade da formação dos professores de Educação Física e Desporto. Nos domínios do Treino Desportivo e do Exercício e Saúde persiste a ausência de regulamentação ajustada sobre formação e percurso profissional, que promova o reconhecimento da competência científica e pedagógica no desempenho dos profissionais que aí intervêm.

Neste contexto o Congresso visará os seguintes objectivos gerais:
· Debater as orientações nacionais e internacionais sobre a formação inicial e contínua decorrentes do processo de Bolonha no âmbito da Educação Física, nas suas dimensões da Educação, do Treino Desportivo e do Exercício e Saúde;
· Estabelecer as bases de um código de ética profissional comum às dimensões da Educação Física e orientar o seu desenvolvimento;
· Debater as orientações para a institucionalização das carreiras profissionais no âmbito do Treino Desportivo e do Exercício e Saúde;
· Reforçar as orientações estratégicas das actividades científicas e profissionais para o reforço da unidade e qualificação profissional.

Para além destes, outras finalidades orientarão o encontro. Na Educação Física e Desporto Escolar mantém-se a incapacidade do poder político para implementar medidas há muito consignadas em lei (a obrigatoriedade da EF no 1.º ciclo) e eliminar a ameaça ao direito dos alunos ao tempo curricular da EF no Ensino Básico e Secundário (pela supressão da redução prevista pela célebre alínea b e pela salvaguarda do tempo útil da EF). Apesar de consagrada em Lei, mantém-se ainda a necessidade de sustentar a importância da avaliação da EF, particularmente no Ensino Secundário.

Para a sua consecução, e preservando as principais razões de sucesso do 6º Congresso que contou com a participação de mais de 700 colegas, o 7º Congresso desenvolver-se-á em quatro áreas: a da Formação, a da Educação, a do Treino Desportivo e a do Exercício e Saúde, e uma transversal versando a qualificação profissional em cada uma das áreas anteriores. Para isso, contaremos com a participação de especialistas convidados, nacionais e estrangeiros. Para além de conferências e painéis de debate sobre boas práticas profissionais e da discussão de um conjunto de teses sobre as matérias em análise, nas áreas da Educação, do Treino Desportivo e do Exercício e Saúde, serão apresentadas comunicações livres e posters.

Ao longo dos últimos quase vinte anos de reflexão e debate, a clarividência pedagógica e científica, empenho e determinação dos profissionais de Educação Física e Desporto tem permitido encontrar importantes argumentos e soluções para a valorização social e cultural da prática de actividades físicas, como forma de melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e de salvaguarda do seu pleno direito de cidadania.

Vimos assim convidar cada um dos colegas a participar activamente no Congresso Nacional, reforçando o esclarecimento e a reflexão sobre os caminhos que, em conjunto, deveremos percorrer para a qualificação da nossa intervenção profissional. Solicitamos igualmente que nos ajudem na melhor preparação do evento, respondendo com a brevidade possível ao questionário que enviamos junto com este anúncio. Um próximo anúncio a enviar às escolas, no princípio do mês de Setembro, indicará o programa definitivo do Congresso, as condições de inscrição e de submissão de posteres e comunicações orais.

domingo, 4 de junho de 2006

Fotos Comemoração do dia da Educação Física - Braga





Comemoração do dia da Educação Física - Braga

A Associação de Professores de Educação Física de Braga e a Junta de Freguesia de S. Lazaro, em colaboração com o Gabinete de desporto escolar da CAE de Braga, o Centro Jovem de Sto Adrião – SYNERGIA e o Centro Cultural de Sto Adrião, realizam no passado dia 3 de Junho de 2006 (Sábado), às 17 horas, na Zona pedonal da Avenida Central, um encontro gímnico que se inseriu na Comemoração do Dia da Educação Física e do IV dia Jovem de S. Lázaro.
Com esta actividade pretendemos mostrar à comunidade o nosso trabalho, alertá-la para a importância da Educação Física como disciplina curricular, bem como, promover o convívio entre professores e alunos das diversas escolas participantes.

sábado, 13 de maio de 2006

Elaboração dos horários de Educação Física

A Associação de Profissionais de Educação Física do Distrito de Aveiro, publicou na página, www.apefaveiro.no.sapo.pt o seguinte documento sobre a elaboração dos horários de Educação Física:

Como é sabido cabe aos conselhos pedagógicos a aprovação dos critérios de elaboração de horários escolares. A especificidade da nossa disciplina não permite que a mesma seja tratada em parametros igualitários com todas as outras.
Assim, se o considerarem, poderão copiar e apresentar nos conselhos pedagógicos, de forma a uniformizar as condições de realização das actividades da disciplina, nas diferentes escolas.
Cabe-nos a nós, profissionais de Educação Física defender os princípios essenciais da disciplina que leccionamos.
Junto segue também uma proposta discutida em várias escolas que poderão analisar e se assim o entenderem colocar em prática no próximo ano lectivo.

Considerando:
- A especificidade da disciplina
- Os objectivos inerentes à sua inclusão no currículo dos alunos, no campo das actividades físicas e desportivas promotoras da saúde
- A necessidade de as aulas constituírem momentos de treino, como tal com uma intensidade relativa.
- A importância de práticas adequadas, nomeadamente no desenvolvimento das qualidades físicas
- Problemas já verificados em outras escolas derivado a actividades físicas em período de digestão
- Pareceres das Associações de Profissionais de Educação Física e de técnicos de saúde
- Necessidade de rentabilizar espaços e conhecimentos específicos dos docentes
Propõe-se:
1. Que os horários devem saturar os tempos do período da manhã
2. Na eventualidade de aulas no período da tarde, deve ser considerado um espaço alargado, entre a entrada para o período do almoço e o início das aulas de Educação Física, de pelo menos três tempos, defendendo a integridade física dos alunos
3. Inexistência de aulas em dias seguidos
4. Articulação de aulas de um tempo e dois tempos em cada ciclo

quinta-feira, 6 de abril de 2006


Caros Colegas:
A APEF do Distrito de Aveiro em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e Coordenação Educativa de Aveiro, vão realizar no dia 4 de Maio, no Estádio Municipal de Aveiro, o III Simpósio de Desporto e Educação Física.
A Inscrição é gratuita para todos os Associados, desde que apresente o cartão de sócio da respectiva Associação e com a quota actualizada.

Aos interessados que necessitem estadia por uma noite, informamos que entre em contacto com APEF de Aveiro

Enviar as inscrições para:
(e-mail :apefaveiro@gmail.com, apefaveiro@yahoo.com.br ou telemóvel: 918691789 / 962569060)

quarta-feira, 29 de março de 2006

7º CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 2006

7º Congresso Nacional de Educação Física – 2006
MAIA – 23, 24 e 25 de Novembro
Educação – Saúde – Desporto
Inovação e Desenvolvimento


O Conselho Nacional das Associações Profissionais de Educação Física (CNAPEF) e a Sociedade Portuguesa de Educação Física (SPEF), estruturas nacionais representativas da área socioprofissional e científica da Educação Física, organizam o 7º Congresso Nacional de Educação Física, nos dias 23, 24 e 25 de Novembro de 2006, no Fórum da Maia.
Este evento, realiza-se de três em três anos, desde 1988, e constitui uma referência fundamental das orientações para o desenvolvimento das Actividades Físicas, quer no que respeita a mais de 10000 escolas, ou seja a actividade de 1 milhão e meio de crianças e jovens, de praticantes desportivos e atletas, membros dos clubes de fitness, e outras instituições em que os nossos associados exercem a sua actividade profissional.

Para este Congresso, foram estabelecidos os seguintes objectivos gerais:
· Avaliar e clarificar a responsabilidade profissional da Educação Física, nas áreas da Educação, do Exercício e Saúde e do Treino Desportivo;
· Promover o desenvolvimento profissional, pela valorização de boas práticas profissionais;
· Reflectir a organização da formação inicial e contínua, nas três áreas de intervenção profissional, considerando o processo de Bolonha.

O Congresso desenvolver-se-á nessas três áreas: a da Educação, a do Exercício e Saúde e a do Treino Desportivo onde serão discutidos os problemas essenciais, com a participação de especialistas convidados, nacionais e estrangeiros.
Para além de conferências e painéis de debate, serão apresentadas comunicações livres e posters, em sessões temáticas e exposições.

quinta-feira, 16 de março de 2006

Comemoração dos 25 anos da APEFBraga

Braga, 15 de Março de 2006



Caro Associado:


Começamos por te enviar as mais calorosas saudações associativas!

Como deves saber, em 2007, a nossa Associação comemora os seus 25 anos de existência! É uma efeméride importante, para a qual, queremos chamar a tua atenção!
Primeiro, pelo passado da APEFB e por aquilo que ela representa para nós! Constituí-la, naquela época, foi um gesto de irreverência, um acto de liberdade e de companheirismo, pioneiro e gerador de um movimento associativo de professores à escala nacional, o qual, por sua vez, foi protagonista nas grandes mudanças da Educação Física acontecidas nos últimos 25 anos.
Assim, pensamos que este momento é um marco de grande simbolismo, do qual nos devemos orgulhar porque representa o esforço árduo e altruísta de levar os benefícios do associativismo a todos os colegas de profissão.
Por fim, porque cultivamos a convicção que os princípios que orientam o movimento associativo ainda são actuais, uma vez que persistem assimetrias e grandes dificuldades na profissão. Entendemos, pois, que a missão associativa ainda não está concluída.

Desde os primórdios da APEFB que houve dificuldades em divulgar o ideal associativo e cativar mais colegas para a partilha das tarefas que dele decorre. O trabalho do dia-a-dia na escola, no clube ou no ginásio, a indiferença e o alheamento em relação à vida associativa ou, mesmo, a vida familiar de cada um, foram sempre obstáculos terríveis que impediram melhores desenvolvimentos e melhores soluções associativas! Hoje, da mesma maneira que ontem, são enormes as dificuldades em cativar novos colegas para a vida associativa e é com grande pesar que constatamos a evidência da mesma atitude de acomodação!
Porventura a emissão da mensagem associativa não terá vindo a chegar da melhor forma aos destinatários. Provavelmente, as estratégias para cativar novos colegas não foram e não serão as mais adequadas! Embora sempre bem intencionado e preocupado com a causa associativa, não é difícil admitir que o trabalho da sua promoção nem sempre foi o mais profícuo e inovador e que se cometeram erros! Mas também não é difícil reconhecer que algo não está bem quando colegas de profissão, dos mais antigos aos mais recentes, sistematicamente, se alheiam e se tornam impermeáveis à mensagem associativa!
Por outro lado, também não basta sermos associados e participar numa actividade desportiva, recreativa, social ou cultural, promovida pela APEFB para pensarmos que a nossa participação na vida associativa se esgotou! Devemos ser mais exigentes! A participação de cada um na vida associativa pode ser mais ampla e mais desenvolvida! A começar pela disponibilidade para o exercício de outras tarefas, nomeadamente as de dirigente! Porque não?
Então, o que é que não funciona? Estatutariamente, a APEFB é uma organização de classe, que tem como objectivo fundamental a promoção científica, técnica e cultural dos seus associados. A APEFB foi pensada para ser um porto, uma âncora, um espaço e um palco!
· para assim, promover a inclusão de todos os diplomados de Educação Física que se sintam sensibilizados pelo projecto associativo;
· para assim, desenvolver a reflexão e o debate de ideias e de problemas comuns!
· para assim, lutar pela defesa indefectível dos valores que impregnam a cultura das actividades físicas!
Foi assim, com a dádiva de alguns e o empenhamento de muitos outros que, ao longo destes 25 anos, sobreviveu a nossa Associação!

Porém, 25 anos depois, após tantas conquistas e tanta evolução, olhamos à nossa volta e interrogamo-nos sobre o momento da Educação Física! Vemos inúmeros jovens licenciados com dificuldades de inserção no mercado de trabalho, seja nas escolas, nos clubes ou nos ginásios, trabalhando precariamente, explorados e mal remunerados, sem estabilidade e sem segurança no trabalho. Hoje, os problemas de há 25 anos mantêm-se, talvez até mais agravados pelas políticas liberais de desinvestimento na Educação! E sendo o panorama tão difícil, interrogamo-nos sobre as razões da aculturação associativa que, teimosamente, se mantém como “imagem de marca” duma grande maioria dos licenciados de Educação Física, que não reconhecem na APEFB a estrutura que, também, os pode ajudar!

Estamos a preparar as Comemorações dos 25 Anos da APEFB. Vamos fazer um programa que esteja de acordo com o ideário associativo, que atinja a profundeza das convicções e motivações profissionais de cada um, incomodando-o com o grito do nosso alerta e responsabilizando-o pela discussão e partilha dos problemas que dizem respeito a todos e a cada um em particular!
Assim, numa 1ª fase, pensamos alargar o debate preparatório das Comemorações dos 25 Anos a todos os associados que fizeram parte dos órgãos sociais da Associação para enriquecer a troca de ideias e, depois, se tomarem as melhores decisões. Em cima da mesa estarão todos os assuntos e todos os temas que se quiserem abordar:
· relacionados com o movimento associativo, as suas dificuldades de acção e, mesmo, de existência e sobrevivência;
· a “velha” temática da Educação Física nas escolas;
· os “ventos de mudança” em relação aos novos mercados de trabalho;
· as políticas educativas e as de formação dos professores (o Tratado de Bolonha, as notícias que nos chegam do ME sobre o futuro acesso à docência…);
· o estatuto profissional do professor de Educação Física, etc.

Mas, de facto, o grande objectivo desta carta é:

“Abalar contigo, provocar-te, tirar-te da modorra do sofá e trazer-te até nós para conversarmos! “

Estás convidado, insistente, convicta e dramaticamente convidado para compareceres no dia 9 de Maio às 21 Horas no Auditório Álvaro Carneiro da Escola Secundária de Alberto Sampaio - Braga.

Desculpa a extensão da carta, mas é por uma boa causa! Não basta que a leias! É imprescindível que a reflictas e que te disponibilizes a vires até nós. Ficamos a aguardar!

Um grande abraço! Renovamos as nossas saudações associativas,


O Presidente da Direcção

Mário Pereira

domingo, 12 de fevereiro de 2006

A Escola como Factor de Valorização e Desenvolvimento das Actividades Físicas e Desportivas

Síntese da intervenção de Rui Petrucci, em representação do CNAPEF, no debate realizado a 26 de Janeiro, no âmbito do Congresso do Desporto.

A Escola como Factor de Valorização e Desenvolvimento das Actividades Físicas e Desportivas

1. A ESCOLA
A minha apresentação, em nome do Conselho Nacional das Associações de Professores e Profissionais de Educação Física (CNAPEF), vai centrar-se na Escola.
O CNAPEF foi formalmente constituído em 1989 na sequência do 1º Congresso Nacional de Educação Física e representa as Associações de Professores e Profissionais de Educação Física (APEF’s) do Algarve, de Almada/Seixal, de Aveiro, do Alto Minho, do Barreiro/Moita, de Braga, de Castelo Branco, de Coimbra, de Évora, de Leiria, de Lisboa, do Litoral Alentejano, da Madeira e de Viseu.
Pela natureza, identidade e características do CNAPEF e do trabalho que desenvolve com os professores de Educação Física no seu local privilegiado de exercício profissional, a escola, parece-nos fazer sentido trazer para a reflexão, neste debate, alguns problemas que afectam a Educação Física e o Desporto Escolar. E pretendemos fazê-lo com base numa premissa que pensamos ser consensual e importante quando falámos de politicas educativas e sociais no Desporto: A Escola é um factor de valorização e desenvolvimento das Actividades Físicas e Desportivas.
E porque é que a escola pode (deve) assumir e desempenhar um papel fundamental na valorização e desenvolvimento das Actividades Físicas e Desportivas?
Porque, em nosso entender, reúne três condições decisivas para o fazer:
- é na escola, por via da escolaridade obrigatória , que passam, pelo menos durante nove anos, todas as crianças e jovens deste país;
- é na escola, na maioria das escolas, que existem instalações e recursos materiais para a prática de Actividades Físicas e Desportivas;
- é na escola que se encontram pessoas qualificadas académica e profissionalmente, os professores de Educação Física, que exercem a sua acção pedagógica no desenvolvimento da actividade curricular de Educação Física e da actividade de complemento curricular de Desporto Escolar.
E se a reunião destas condições constitui, de facto, um factor essencial a ter em conta quando se pretendem implementar novas políticas conducentes ao desenvolvimento da prática de Actividades Físicas e Desportivas, queria colocar, neste debate e de uma forma simples, algumas questões que têm sido analisadas no seio do Movimento Associativo dos Professores de Educação Física:
- Que concepções e orientações enquadram a Educação Física e o Desporto Escolar no Sistema Educativo?
- Quais os problemas que afectam a viabilidade e a qualidade da Educação Física e do Desporto Escolar nas nossas escolas?
- Que propostas tem apresentado e defendido o Movimento Associativo para a melhoria e o reforço da Educação Física e do Desporto Escolar?

2. A Educação Física
Em 1988 realizou-se, na Figueira da Foz, o 1º Congresso Nacional de Educação Física (CNEF). Nesse congresso discutiram-se 4 temas: a Educação Física Escolar; o Desporto Escolar; os Recursos Materiais e a Formação de Professores. Em todos estes temas foram aprovadas propostas no sentido de encontrar novos caminhos, novas soluções para os problemas detectados. Em relação à Educação Física foi aprovada uma proposta sobre a estratégia de modelo curricular a seguir na elaboração dos Programas Nacionais de Educação Física (PNEF).
Em 1989 foi criada, pelo Ministério da Educação, uma equipa liderada pelo professor Luís Bom que elaborou os PNEF, com base nas propostas do 1º CNEF. Estes programas foram revistos em 2000 praticamente pela mesma equipa, agora coordenada pelo professor João Jacinto, que, para além de algumas alterações nos programas de algumas matérias, desenvolveu e clarificou as suas Orientações Metodológicas, essencialmente, no que se refere à Avaliação.
Os programas foram, em 1989, elaborados com a participação de muitos especialistas e amplamente discutidos pelos Professores de Educação Física. Uma das críticas feitas, na altura, era a de que os programas não estavam adequados à realidade existente. E de facto não estavam, nem podiam estar. Porque o que se pretendia era, exactamente, romper com essa realidade, que era uma realidade pobre, que não servia os interesses da Educação Física e dos alunos que dela usufruíam e criar uma nova realidade de desenvolvimento e qualificação da Educação Física Escolar.
Com base neste princípio orientador a equipa de programas colocou algumas condições à sua elaboração, de que destaco duas:
- a Educação Física deve ser uma actividade curricular em todos os anos do Ensino Básico e do Ensino Secundário;
- a gestão dos programas e a concretização dos seus objectivos exigem que se realizem, no mínimo, 3 aulas semanais.
Estas condições foram aceites pelo Ministério da Educação.
No sentido de se perceber melhor os problemas que, em nossa opinião, dificultam a viabilidade e a qualidade da Educação Física na escola gostaria de destacar algumas das suas características, de carácter conceptual e organizacional, com base nos seus Programas Nacionais e nas suas Orientações Metodológicas, que estão em vigor.
A Educação Física:
- faz parte do currículo de todos os alunos (do 1º ao 12º ano);
- define-se como uma actividade curricular eclética, inclusiva, visando o desenvolvimento multilateral do aluno;
- organiza-se em três aulas semanais.
A EF tem como grandes finalidades:
- melhorar a aptidão física, na perspectiva da melhoria da qualidade de vida, da saúde e do bem-estar;
- favorecer a compreensão e aplicação dos princípios, processos e problemas de organização e participação nos diferentes tipos de actividades físicas;
- reforçar o gosto pela prática regular das actividades físicas e aprofundar a compreensão da sua importância como factor de saúde ao longo da vida e como componente da cultura, quer na dimensão individual, quer social;
- favorecer a consciência cívica na preservação das condições de realização das actividades físicas, em especial a qualidade do ambiente.

Os Programas Nacionais de Educação Física contemplam três áreas:
- actividades físicas (desportivas, expressivas, de exploração da natureza, jogos tradicionais e populares);
- aptidão física;
- conhecimentos (processos de desenvolvimento e manutenção da aptidão física/interpretação das estruturas e fenómenos sociais de realização das actividades físicas).
Portanto, existem Programas Nacionais, em nosso entender, bem concebidos que definem um quadro de extensão curricular, objectivos de ciclo, níveis para cada matéria. É importante sublinhar que os Programas de Educação Física foram publicamente elogiados pelos responsáveis pela reforma Curricular do Ensino Básico que os apresentaram como um bom exemplo, um bom modelo no que se refere à definição de competências e de gestão flexível.
Estão estabelecidas Orientações Metodológicas que definem as condições de aplicação dos programas e de desenvolvimento da Educação Física.
E tudo isto está aprovado, faz lei.
E afinal qual é a situação hoje?
Apesar de praticamente não existirem professores de EF sem qualificação académica e profissional, muito embora a formação inicial constituir, neste momento, uma questão problemática face ao número exagerado de cursos, muitos deles sem a qualidade desejável.
Apesar da melhoria significativa das instalações e recursos materiais realizada nos últimos anos, embora não resolvendo, ainda, de uma forma satisfatória as necessidades existentes. Estudos recentes mostram que um quinto das escolas não tem instalações cobertas e há bastantes escolas com instalações degradadas.
Apesar do contexto social favorável. Cada vez mais, são entendidos, por muitos, os benefícios para a saúde resultantes da prática de actividades físicas.
E neste contexto qual é a realidade da Educação Física nas nossas escolas?
No 1º Ciclo do Ensino Básico, a grande maioria das escolas não tem Educação Física.
Para o 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico está definida uma carga horária de 135 minutos de tempo útil. Entende-se por tempo útil o tempo de interacção entre professor e alunos no processo de ensino e aprendizagem. O que quer dizer que na disciplina de Educação Física o tempo necessário para o aluno se equipar antes da aula e tomar banho e vestir após a mesma não pode ser considerado como tempo útil de aula. Ora o que acontece, na esmagadora maioria das escolas, é que a elaboração dos horários não tem em conta esta questão reduzindo o tempo útil de aula substancialmente com prejuízo evidente para as aprendizagens dos alunos. Para além disso há, apenas, duas aulas semanais (90 + 45 minutos) contrariando as orientações metodológicas da disciplina. Para agravar o problema acontece, ainda, que muitas vezes essas aulas se realizam em dias seguidos.
Para o Ensino Secundário está definida uma carga horária de 180 minutos de tempo efectivo de aula. E os problemas de organização curricular neste nível de ensino são semelhantes aos do nível anterior. Realizam-se 2 aulas semanais, em algumas escolas apenas uma, por vezes em dias seguidos não sendo respeitado na elaboração dos horários, novamente, o tempo efectivo de aula.
Quem responde por estas anomalias?
Onde estão os serviços de inspecção do Ministério da Educação?
Parece evidente que este quadro de realização da disciplina de Educação Física na escola não contribui para a sua viabilização e qualificação. Os prejudicados são sempre os mesmos – os alunos.
Por isso o CNAPEF, ao longo destes últimos anos, tem denunciado os problemas que afectam a disciplina de Educação Física na escola, elaborado propostas para a sua resolução e assumido uma atitude de inteira disponibilidade para cooperar com todas as entidades, nomeadamente o Ministério da Educação, no sentido de permitir que os nossos alunos beneficiem, mais e melhor, dos efeitos educativos da Educação Física.
No que respeita ao 1º Ciclo do Ensino Básico, as nossas propostas reflectem duas preocupações fundamentais:
- a implementação da Educação Física em todas as escolas, como actividade curricular, dando cumprimento ao que está estabelecido por lei. É um dever do estado e um direito dos alunos;
- que estas aulas sejam leccionadas por professores qualificados num regime adequado à especificidade do ensino no 1º Ciclo, com base nos agrupamentos de escolas.
Em relação ao 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário é absolutamente necessário que se realizem no mínimo três aulas semanais, distribuídas ao longo da semana e com o cumprimento efectivo do tempo útil de aula.
Mil aulas de Educação Física na escola para todos os alunos é o desígnio que se impõe.


3. O Desporto Escolar
O Desporto Escolar é uma actividade de complemento curricular, facultativa e vocacional, que visa a aptidão atlética e a cultura desportiva no domínio da modalidade desportiva escolhida pelo aluno.
Isto significa que a Educação Física e o Desporto Escolar são complementares. Nem a Educação Física substitui o Desporto Escolar, nem o Desporto Escolar substitui a Educação Física, antes sim, estabelecem entre si uma relação que deve ser considerada como um factor de ampliação dos efeitos educativos da prática de Actividades Físicas na escola.
Por isso temos, sempre, defendido Educação Física para todos os alunos – Desporto Escolar em todas as escolas.
Não há aqui lugar, em nosso entender, a confusões de carácter conceptual entre o que é a Educação Física e o que é o Desporto Escolar. Estão questão tem sido, mais ou menos, pacífica nos últimos tempos. No entanto, mais recentemente temos dado conta de algumas declarações de pessoas responsáveis quer ao nível do Sistema Educativo, quer ao nível do Sistema Desportivo ou do Poder Local que denotam alguma confusão sobre o papel da Educação Física e do Desporto Escolar, nomeadamente, no que se refere ao 1º Ciclo do Ensino Básico.
Em relação aos problemas que afectam o Desporto Escolar, algumas propostas feitas pelo CNAPEF tem tido acolhimento por parte do Ministério da Educação e estão, neste momento, contempladas nos seus documentos orientadores. No entanto nem sempre a realidade prática corresponde às intenções declaradas.
Em termos organizacionais e de desenvolvimento do Desporto Escolar, o CNAPEF tem dado enfoque, essencialmente a 4 questões problemáticas:
- à actividade interna, e a sua relação com a actividade externa;
- ao modelo de desenvolvimento assente em projectos plurianuais;
- à organização de quadros competitivos adequados, respeitando níveis de prática diferenciados;
- e à elaboração, no quadro geral de organização da escola, de horários compatíveis para a concretização do Desporto Escolar.
Em relação à 1ª questão, defendemos que o Desporto Escolar se deve organizar no sentido de proporcionar uma oferta de Actividades Físicas e Desportivas ao maior numero de alunos e que a actividade externa deva ser o reflexo do trabalho desenvolvido na actividade interna.
Esta orientação tem sido bem aceite e agrada-nos ler no programa do Desporto Escolar que “na elaboração do projecto, as preocupações principais devem centrar-se na maioria dos alunos da escola…devendo a actividade externa ser o reflexo da dinâmica do trabalho desenvolvido na actividade interna”
Sobre a questão dos projectos plurianuais as nossas propostas foram, sempre, no sentido de que os núcleos de Desporto Escolar se deveriam organizar em projectos plurianuais, como forma de garantir vias de desenvolvimento, de continuidade e qualificação das actividades e de afirmação de uma cultura de escola. Embora, esta tese seja hoje consensual na prática nem sempre isso se verifica.
Em relação aos quadros competitivos, em nosso entender, esta questão está longe de estar bem resolvida se tivermos em conta as finalidades do Desporto Escolar. Os quadros competitivos são pouco consistentes, de curta duração, por vezes desequilibrados e com problemas de logística e realização. Acrescente-se, a tudo isto, o facto de nem sempre serem exemplares na transmissão dos valores formativos da competição desportiva.
Assim, é nossa opinião que os quadros competitivos devem ter uma organização simplificada, não selectiva e local (agrupamentos de escolas / escolas próximas), realizados ao longo do ano com equipas do mesmo nível e onde os valores formativos da competição constituam, para todos, uma preocupação fundamental.
Por último a questão dos horários. Esta questão parece-nos determinante na organização e desenvolvimento do Desporto Escolar. Não é uma questão fácil de resolver em muitas escolas, mas se não forem criadas condições objectivas que permitam aos alunos usufruir do Desporto Escolar, como é que ele se realiza e desenvolve?
Em nosso entender, a resolução deste problema implica, entre outras coisas:
- que o Desporto Escolar aconteça num tempo em que todos, ou a maioria dos alunos, não tenham actividades lectivas;
- que a gestão dos espaços para a Educação Física e o Desporto Escolar potencie as possibilidades de prática que cada escola oferece e não, como por vezes acontece, as minimize;
- que o Projecto Educativo da escola assuma, no concreto, a importância das Actividades de Complemento Curricular, nomeadamente o Desporto Escolar, obrigando a que se faça uma gestão adequada dos espaços e tempos escolares. Estas orientações deverão constar do Regulamento Interno da escola, de forma a permitir e valorizar a sua realização, entendidas no valor educativo que representam.
Por último, uma questão de carácter institucional que de tempos a tempos entra no debate sobre o Desporto Escolar: A quem deve pertencer a responsabilidade institucional sobre o Deporto Escolar?
O Documento Orientador do Desporto Escolar refere que se “entende por Desporto Escolar o conjunto das práticas lúdico-desportivas e de formação, desenvolvidas como complemento curricular e ocupação dos tempos livres, num regime de liberdade de participação e de escolha, integradas no Plano de Actividades da Escola e coordenadas no âmbito do Sistema Educativo”.
Nós concordamos. Para o CNAPEF o Desporto Escolar organiza-se e desenvolve-se na escola por professores qualificados, os professores de Educação Física, para os alunos da escola, no seio da comunidade educativa.
Para o seu desenvolvimento futuro é importante, em nosso entender, que a nível institucional:
- se qualifiquem as estruturas responsáveis pelo Desporto Escolar no Ministério da Educação, na coordenação e apoio efectivo às escolas;
- que a escola assuma o valor formativo das Actividades de Complemento Curricular, nomeadamente o Desporto Escolar, criando condições à sua objectiva implementação e realização;
- que os Departamentos Curriculares de Educação Física integrarem o Desporto Escolar no seu projecto de intervenção na escola, ampliando os efeitos educativos da prática de Actividades Físicas e Desportivas.

4. Síntese final
Há problemas na Educação Física e no Desporto Escolar.
No entanto, se houver vontade política para os resolver haverá, estamos certos, mais e melhor Educação Física e Desporto Escolar para as crianças e jovens que frequentam as nossas escolas.
E por isso pergunto se a resolução de alguns problemas com que se defronta hoje a Educação Física e o Desporto Escolar nas nossas escolas:
- não é um bom contributo para o desenvolvimento e qualificação da prática de Actividades Físicas e Desportivas?
- não é um bom e justo investimento?
- não deve ser uma prioridade?
Nós pensamos que sim.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Debate sobre o Desporto Escolar

O CNAPEF (Conselho Nacional das Associações de Professores e Profissionais de Educação Física), a SPEF (Sociedade Portuguesa de Educação Física) e o Departamento Curricular de Educação Física da Escola Secundária de Camões vão realizar, no dia 25 de Janeiro de 2006, entre as 14.30 e as 17.30 horas, na Escola Secundária de Camões, um debate sobre o Desporto Escolar.
Este debate, intitulado “A Organização Escolar do Desporto – Que Futuro?”, tem como principal objectivo analisar os problemas de enquadramento, organização e qualidade do Desporto Escolar nas nossas escolas e perspectivar o seu desenvolvimento futuro. Para participar num painel de reflexão que integra esta iniciativa foram convidados o Sr. Secretário de Estado da Educação Professor Doutor Valter Lemos, o Sr. Presidente do Instituto de Desporto de Portugal Professor Doutor Luís Bettencourt Sardinha, o Senhor Presidente da CONFAP e representantes do CNAPEF e da SPEF.Pela actualidade e importância que esta temática apresenta, nomeadamente na formação dos nossos alunos, a organização decidiu convidar, em especial, os Presidentes dos Conselhos Executivos, os Coordenadores dos Departamentos Curriculares de Educação Física e os Coordenadores do Desporto Escolar das escolas abrangidas pela DRE de Lisboa e, também, personalidades reconhecidas pelo trabalho desenvolvido nesta área.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

A Educação Física no 1º Ciclo não é o catering da cantina …

A Educação Física no 1º Ciclo não é o catering da cantina …
É inquestionável que muito há a fazer para que a regularidade e o carácter sistémico da prática da EF nas escolas do 1º CEB beneficie plenamente a totalidade das crianças que a frequentam. Mas isso não é sinónimo de entendermos que “o mercado” é a solução para o problema.
O Ministério da Educação (ME) com base no programa de generalização do Inglês no 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB) como actividade extra-curricular entende que “o projecto é para alargar a outros anos e outras disciplinas” acrescentando desejar “criar programas idênticos para outras disciplinas, como a Educação Física”(1). A Educação Física (EF) é uma área curricular obrigatória em todos os níveis do sistema de ensino em Portugal. Como tal não é transferível para componente extra-curricular na escola do 1º CEB. É nosso entendimento de que as mudanças curriculares não podem, nem devem estar ao sabor de vontades circunstanciais. Elas devem corresponder a consensos legitimados pela escola, pelos professores e pelo reconhecimento do seu papel social na formação de gerações de cidadãos. Possuindo responsabilidades formativas ao nível do desenvolvimento da personalidade da criança, do estímulo ao prazer e descoberta de novas competências motoras, do desenvolvimento das suas capacidades motoras, da partilha e fruição de actividades físicas e desportivas pautadas por valores ético-desportivos. A EF não é a mera animação desportiva, para descarregar energias acumuladas. Neste sentido não está à venda, nem disponível para ser uma área de negócio potencial, em que a subcontratação substitui imperativos decorrentes do normal e efectivo trabalho da escola e dos seus professores. É inquestionável que muito há a fazer para que a regularidade e o carácter sistémico da prática da EF nas escolas do 1º CEB beneficie plenamente a totalidade das crianças que a frequentam. Mas isso não é sinónimo de entendermos que “o mercado” é a solução para o problema. Pelo contrário, será mais um passo no aprofundamento da “marginalização da EF” na escola do 1º CEB com efeitos deveras nefastos e incalculáveis no futuro.As finalidades educativas da EF no 1º CEB merecem que esta área seja desenvolvida no contexto da vida de cada escola e de cada turma, sob pena de fomentar a sua marginalização. Contribuir para o desenvolvimento global das crianças que frequentam a escola do 1º CEB em termos cognitivos, sócio-afectivos e motores, também exige a EF na vida de alunos, de professores e das suas escolas.A eventual intenção do ME de colocar a área curricular de EF – que paralelamente com o Português e a Matemática acompanham o aluno português do 1º ao 12º ano de escolaridade – ao nível do mero fornecimento de serviços como as refeições na cantina escolar, releva da desqualificação das suas finalidades educativas para as crianças do 1º CEB. Apesar de reconhecermos a área de EF como problemática, o caminho a realizar para uma melhor EF no 1º CEB nunca pode passar pela sua exclusão do currículo obrigatório. A EF existe na escola do 1º CEB desde 1873, reconhecida como área do currículo. Como podemos chegar a 2005 e pretender desqualificá-la? Transformá-la em componente extracurricular? Fazer dela um produto ao sabor da “oferta do mercado” ou da “prestação de serviços”?Os alunos portugueses não são diferentes dos seus colegas europeus. Têm direito a beneficiar para o seu desenvolvimento de uma EF integrada no currículo obrigatório, de forma a garantir a sua prática regular e sistemática.- O que fez o ME ao longo dos anos para a qualificação da EF no 1º CEB?- Que atitudes assumiu perante as inúmeras “situações esquisitas” de invasão curricular da EF no 1º CEB por parte de estranhos à escola?- Que indicações foram dadas às escolas pelas suas diferentes estruturas sobre o desenvolvimento da EF no 1º CEB?- Que orientações foram sugeridas pela Inspecção-geral de Ensino para o desenvolvimento desta área no 1º CEB?- Que exigências foram colocadas às Câmaras Municipais para a requalificação dos espaços, equipamentos e materiais imprescindíveis para uma EF de qualidade no 1º CEB?É tempo de pensar o desenvolvimento estratégico da área de EF no 1º CEB (á semelhança do que já foi feito noutras, como por exemplo na Matemática), pois a base começa aqui. Os alicerces de aprendizagem e desenvolvimento para o futuro de cada criança iniciam-se com aquilo que de bom e de mau lhe proporcionamos na escola do 1º CEB. Também é assim na Educação Física…

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

Ginástica nas Escolas do 1º Ciclo

No site: http://www.educare.pt/, está publicado o seguinte artigo:
"Ginástica nas escolas (02.01.2006)
Depois de o Ministério da Educação ter anunciado a contratação de monitores de tempos livres para as escolas do 1.º ciclo, a Federação de Ginástica de Portugal lançou o programa Play GYM.
A decisão do Ministério da Educação de proceder à contratação de animadores para assegurar as actividades extracurriculares no prolongamento do horário no 1.º ciclo - como desporto, expressão plástica ou educação musical -, levou a Federação de Ginástica de Portugal (FGP) a lançar o "Play GYM".Trata-se de um programa de desenvolvimento gímnico, que tem como principal objectivo "tornar a ginástica divertida e contribuir para um bom desenvolvimento da criança". Com este programa de ensino da ginástica, o "Play GYM" tem organizado diversas actividades, desde momentos de dinamização gímnica até projectos mais sistematizados e permanentes, tanto para autarquias como para escolas. Com uma equipa de 700 técnicos credenciados, a FGP pretende assim responder às necessidades das escolas para a ocupação não só da extensão curricular das 15h30 às 17h30, como também de classes gímnicas para os ATL depois das 17h30.Para usufruir deste programa, os conselhos executivos deverão estabelecer protocolos com as autarquias, associações de pais e instituições que actualmente asseguram os ateliers de tempos livres, à semelhança do que já acontece com o ensino do Inglês nos 3.º e 4.º anos."
Perante tal situação, gostariamos de colocar apenas uma pergunta: Porquê a contratação de animadores, cuja aptidão pedagógica poderá suscitar duvidas, quando as listas de professores não colocados pelo Ministério da Educação contém centenas de Licenciados (com licenciaturas homologadas pelo M.E.) nas áreas em questão?